Desemprego cai para 11,2% em novembro

31/12/2019 17:36

A taxa de desemprego fechou em 11,2% no trimestre encerrado em novembro, declinando em comparação com o trimestre anterior, quando a taxa registrada foi de 11,8%, quanto em relação ao mesmo trimestre de 2018 (11,6%), segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A população desocupada, de 11,9 milhões de pessoas, também teve redução em ambas as comparações: -5,6% (ou 702 mil pessoas a menos) em relação ao trimestre anterior e -2,5% (300 mil pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

As vagas temporárias abertas no comércio por causa das datas comemorativas de fim de ano contribuíram para a queda de 0,7% na taxa de desocupação. É a maior redução da série histórica, que se iguala ao trimestre encerrado em agosto de 2017, conforme divulgado pelo portal UOL.

Em relação ao trimestre antecessor, foram cerca de 785 mil pessoas ocupadas a mais no mercado de trabalho. No setor do comércio, a ocupação cresceu 1,8%, o que corresponde a 338 mil postos de trabalho gerados. Na sequência aparece o setor de alojamento e alimentação, com mais 204 mil ocupados, seguido por construção, com 180 mil vagas.

Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o resultado confirma a sazonalidade esperada para essa época do ano e que foi retomada desde 2017.

"Ficamos dois anos, em 2015 e 2016, sem ter a sazonalidade já que não havia geração de postos suficientes para atender à demanda por trabalho. Agora, o comércio mostra movimento positivo no trimestre fechado em novembro, o que achamos que está relacionado às datas comemorativas como Black Friday e a antecipação de compras de final de ano", explica.

Novo recorde na série histórica

A população ocupada chegou a 94,4 milhões, novo recorde da série histórica, crescendo em ambas as comparações: 0,8% (mais 785 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 1,6% (mais 1,5 milhão de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2018.

Já a população fora da força de trabalho (65,1 milhões) ficou estável em ambas as comparações. Os desalentados (4,7 milhões) também ficaram estatisticamente estáveis em ambas as comparações.

Empregos com carteira têm aumento de 1,1%

Ainda de acordo com o UOL, a queda na taxa de desemprego foi acompanhada por aumento de 1,1% na geração de empregos com carteira de trabalho - maior crescimento desde o trimestre encerrado em maio de 2014.

Ao todo, foram 378 mil pessoas a mais com carteira, chegando a 33,4 milhões de trabalhadores nessa categoria. No comparative com o trimestre de setembro a novembro de 2018, houve expansão de 1,6% (acréscimo de 516 mil pessoas).

A melhora, no entanto, tem sido acompanhada pelo crescimento nos indicadores de informalidade: foi registrado no trimestre crescimento de 1,2% dos trabalhadores por conta própria, ou seja, mais 303 mil pessoas se juntando ao contingente de 24,6 milhões de pessoas nessa posição. Com isso, a população ocupada informal atingiu 38,8 milhões de pessoas.

"Esse movimento da carteira é positivo, mas não é suficiente para uma mudança na estrutura do mercado de trabalho. A despeito dessa reação, durante todo o ano houve crescimento nas categorias relacionadas à informalidade, como conta própria e empregado sem carteira", afirma Adriana.

 

Fonte: SuperVarejo